Hoje eu acordei de um pesadelo assustador (porque eu era a unica sobrevivente em uma cidade de mortos vivos) e chato (porque eu sou extremamente 'cagona' e odeio ter pesadelos ¬¬'). E você sabe, sabado de manhã, estado de sonolência, sentimento de gratidão por não ter q levantar correndo pra ir pra faculdade, eu então liguei a tv. Tava passando um programa chamado "Biblía em foco", na rede record, e se for um ateu em questão sei que você deve estar falando, "creeeedo, olha só o que essa menina assiste em um sabado de manhã!". Mas como minha professora de TRI (Teoria das Relações Internacionais) diz, o que eu assisto não compromete o meu intelecto (y). O foco era somente o apocalipse, e em como as catastrofes naturais e a fome são sinais de que ele está perto de chegar. Não sei te explicar o porquê, mas eu sempre fui fascinada pela incerteza e pela imensidão, então... eu assisti.




Mas, pra minha supresa, ao ler as noticias de hoje, eu vi dois acontecimentos que me arrepiaram.


O primeiro é sobre um Iceberg gigante (metade do tamanho de Brasília) que se rompeu da Antarica após colidir com outro Iceberg gigante. Este primeiro Iceberg está flutuando agora na Polínia, região que produz água densa que se acumula no fundo do mar e vira a água densa e salgada dos mares que tem um papel primordial nas circulações dos oceanos ao redor do globo. Ele está fadado a ser uma espécie de rolha, impedindo a circulação dessas aguas. Segundo cientistas austrálianos, se isso acontecer vai mudar definitivamente as correntes marinhas do mundo, os invernos no Atlantico norte ficarão mais frios ainda e os padrões do clima vão mudar ao decorrer dos anos, interferindo na cadeia alimentar de animais que ali se alimentavam. Pra melhorar, esse Iceberg se deslocou da Geleira Mertz, uma lingua de gelo saliente na Antártica Leste que está quebrada e presa como um "dente frouxo" , segundo o glacionista francês, Benoit Legresy.

(fonte: O Globo)



O segundo foi o que me deixou mais preocupada.



Na madrugada de hoje, o Chile sofreu um terremoto de magnitude 8,8 (um dos maiores da história). Ha divergencias na mídia de que o epicentro foi no sul do país, mas a questão é que ele foi sentido em vários outros locais como na vizinha Argentina e até em São Paulo, onde os bombeiros chegaram a receber várias ligações e mandar carros de bombeiros a determinados locais, mas não foi constatado nenhum dano. Ao contrário, no Chile, o terremoto já custou a vidade de 76 pessoas e levou o governo a declarar parte do país zona de catástrofe. A profundidade desse terremoto, que sofreu vairas réplicas chegando até 6,9 na escala, foi de aproximadamente 30 kilomentos abaixo do solo. Pra nível de comparação, o terremoto que atingiu o Haiti no começo do ano foi menor na escala, mas a 15 kilomentros abaixo da terra. O chile amanhece neste sabádo ainda tentando contar os estragos causados pelo terremoto. A presidente, Michele Bachelet, pediu para que os moradores das regiões litorâneas saiam de lá e enviou navios e helicópteros para a Ilhas, afim de retirar os moradores, já que ainda há riscos de tsunamis.

Porém, o mais alarmante de tudo é que foram emitidos diversos alertas de tsunamis no Oceano Pacífico. O Japão e a Austrália já advertiram tsunamis que atingirão seus países em cerca de 24 horas.

"O Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico, no Havaí, emitiu uma advertência para toda a região:"leituras do nível do mar confirmam que um tsunami foi gerado que poderá causar danos generalizados", disse o centro em um boletim emitido após o tremor de magnitude 8,8.

O tsunami que se seguiu ao terremoto do Chile de 1960, que atingiu magnitude 9,5, matou 140 pessoas no japão, 61 no Havaí e 32 nas Filipinas.
O tsunami do terremoto deste sábado deve ser muito menor, porque o tremor em si foi mais fraco.
A TV pública japonesa NHK citou especialistas dizendo que o tsunami terá algumas dezenas de centímetros de altura e chegará ao Japão em cerca de 22 horas."

(fonte: Estadão)



Isso me faz refletir sobre o certo catastrofismo que eu vi na televisão de manhã, sobre o "fim do mundo". Será que é mesmo o fim do mundo? Será que nós, seres humanos, chegamos ao ponto de interferir tão profunda e determinadamente nesse planeta tão grande, tão potente e tão precioso? A ponto do controle sair completamente das nossas mãos? Não é mais aquecimento global, fome e guerra. São pedaços gigantescos de terra e de gelo que se movem "sozinhos". Não há uma super-rede que os contenha. Não ha uma bomba atomica que os pare. Só há eles e nós. Só há nós e as consequencias. E, me desculpem o sensasionalismo, mas para as familias dos mortos do Chile e as outras familias que se uniram a eles em menos de 24 hrs, só há as consequências e Deus. Pena que isso tudo não seja um dos meus ridículos pesadelos. É triste e revoltantemente real.